Do templo, da beleza, da harmonia e do silêncio
Um templo sagrado. No meio, sob a abóbada, em silêncio reservado, tu sentado. No Oriente, uma luz difusa, aconchegante. Uma batuta, um coro de vozes, irmanadas, eleva-se, envolvendo-te, enlevando-se, o templo todo se enchendo.Uma nota perdida, uma corda partida, dissonante. Outra nota perdida.Um arrepio. De mãos dadas, irmanadas, a harmonia ainda mais se acentuando com uma leve dissonância, o todo logo a integrando. No meio do templo, cheio, sob o a abóbada, aquela beleza te enchendo de uma interior harmonia, nenhuma nota dissonando.
Sais, olhas. Não há fumos, não há ruídos de guerras, não há gritos.
Voltas a olhar. Há uma tranquilidade que no silêncio te banha, sentindo o coro de vozes que em harmonia se eleva, enlevando, e te leva. O céu é de um azul com a limpidez do silêncio do templo, a luz morna em harmonia.
Uns ramos verdes de uma árvore fresca, por ti plantada, refrescam as vozes se elevando, irmanadas, te levando, sem vozes perdidas, sem cordas partidas.
Jrd, 2022-07-18