quarta-feira, 31 de março de 2021

segunda-feira, 29 de março de 2021

Fraternos, orando, na diversidade

 


Poema escrito neste dia, em 2020, incluído  no livro "Poemas confinados (2020, Janeiro a Abril)", publicado em 2020.


Jrd, 2021-03-29


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domingo, 28 de março de 2021

Da Covid, o Papa, Francisco, ali só

 



Poema escrito neste dia, em 2020, no livro "Poemas confinados". Foto de um ramo de oliveira de hoje, Domingo de Ramos.


Jrd, 2021-03-28


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quinta-feira, 25 de março de 2021

quarta-feira, 24 de março de 2021

terça-feira, 23 de março de 2021

segunda-feira, 22 de março de 2021

Poesia, o encanto

 



Poema escrito neste dia, em 2014; a foto de hoje.


Poesia, o encanto

  

 

Pelo tempo e pelos lugares

nos olhares da gente

sempre virgem

anda a Poesia nua

à espera de quem a queira vestir

com uma veste nova sua

a urdir em seu tear

ao Sol

ou ao luar…

 

Quanto mais se veste

mais a Poesia atrevida se despe

e o Poeta espicaçado mais a muda

e ela virgem se desnuda…

 

Nua, virgem,

uma deusa pura

à espera de alguém,

 

encanto de todos,

de ninguém…

 

2014-03-22



in José Rodrigues Dias, Diário Poético (2012-2016), Livro cinco, 5/10 (Janeiro a Junho de 2014), 264 pp, 2020.



* * * 


Jrd, 2021-03-22


domingo, 21 de março de 2021

Sobreiros

 




Neste Dia Mundial da Poesia e também Dia Mundial da Árvore e da Floresta, o poema "Sobreiros", publicado em 2011, que gravei e coloquei no Youtube em 2016 (basta clicar na imagem acima).


O sobreiro é Árvore Nacional de Portugal.


*

Sobreiros

 

Gostaria que os homens fossem como os sobreiros,

Nas agruras resistentes, sempre sóbrios, em solos ardentes.

Gostaria que os homens ao quarto de século fossem jovens adultos

Como os sobreiros, com a cortiça virgem tirada dos troncos

Pela primeira vez descortiçados por mestres tiradores

Sem machados a cortarem as raízes e a seiva do crescimento.

Gostaria que os homens nos sobreiros, então, se olhassem

E no espelho do céu se repensassem no seu tronco nú,

Com a casca rugosa superficial tirada, reduzidos à sua essência,

À seiva que lhes dá a vida pelas raízes na secura da terra conquistada.

Gostaria, então, que os homens continuassem como os sobreiros,

Em nova etapa, com a força retemperada e, nove anos passados,

De novo descascados por hábeis mestres descortiçadores,

Com precisão no corte para de novo não os magoar no seu ser

Nem os ofender no essencial do seu viver e crescer.

Gostaria, então, que os homens olhassem de novo os sobreiros,

Maiores, continuando sóbrios no seu porte, verdadeiros,

E sentissem como leve continua a ser a cortiça secundeira

Que vento fraco matinal de quase aragem leva ligeira.

De tronco nú, gostaria que os homens neles de novo se mirassem

E em imagem de futuro com eles se reiniciassem

E de novo, em nova etapa, se fortificassem.

Gostaria, então, que os homens continuassem como os sobreiros

E que um dia, depois, nove anos depois, vissem como teria

Finalmente, então, qualidade a cortiça amadia.

E de novo em tronco nú, despojados da sua superficialidade,

Reduzidos à sua essência, em nova etapa iniciada,

Com mais porte e mais seiva, maiores, verdadeiros,

Gostaria que os homens olhassem agora os adultos sobreiros,

Imponentes, agarrados mais ao solo, ainda mais sóbrios.

Gostaria, assim, que os homens fossem como os sobreiros,

Crescendo, dando-se ao cuidar de mestres, aos outros se dando,

Olhando-se no espelho do céu, almejando o brilho das estrelas,

Libertando-se do superficial, o essencial preservando,

Como os sobreiros, imponentes no ser do tempo,

Olhando do seu alto a pequenez dos pequeninos chaparros

E o abocanhar sôfrego dos porquinhos.

Gostaria, então, que os homens fossem como os sobreiros

E que vissem como é até leve a cortiça amadia

Que um vento mais forte como colorido trapo superficial

Para um longe escuro leva para sempre,

Num qualquer dia!

 

in José Rodrigues Dias, Traçados Sobre Nós, 106 pp, 2011.



Jrd, 2021-03-21


sábado, 20 de março de 2021

Equinócio da Primavera




 

Escrito neste dia, em 2012; a foto destes dias.


Equinócio da Primavera

 

Maiores vieram as sombras, os negros e as noites

envolvendo as coisas, os homens e a própria luz,

o olhar da gente caído de frio,

cinzento o tempo de solstício.

Assim era!

E assim foi!

 

Mas, depois, com o tempo do Sol

faz-se um novo tempo,

o dia mais dia,

a noite menos noite…

 

Os rebentos despertam

com a chegada da passarada

e a manhã apressa-se.

 

Demora-se a tardinha

no caminho de um olhar

mais caloroso da gente…

 

2012-03-20


in José Rodrigues Dias, Tons e Sons de Primavera(s), 106 pp, 2016.


Jrd, 2021-03-20


sexta-feira, 19 de março de 2021

Com a nossa mão

 



"Com a nossa mão",

poema deste último livro, agora publicado:


Com a nossa mão

 

  

Com a nossa mão

se faz bordada a mesa

onde se põe o pão...


Com a nossa mão

de beleza

se adorna o chão...


Do chão

solta-se o sonho, livre, leve,

da mão...


2017-08-04

 

in José Rodrigues Dias, Poemas em tercetos simétricos, diaristicos - Livro III (Julho a Setembro, 2017), Ed. Forinfor, 174 pp, 2021.


*


Jrd, 2021-03-19


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quinta-feira, 18 de março de 2021

Notas do Autor (do novo livro)

 



Notas do Autor

 

 

Publicado o último livro do Diário Poético (2012-2016), o Livro dez, é agora o tempo de deixar registada em livro a Poesia escrita entre Julho e Setembro, inclusive, de 2017.

 

Decidira o autor, em Junho de 2017, publicar os poemas do primeiro trimestre desse ano com o título Poemas em tercetos simétricos, diarísticos (Janeiro a Março, 2017). No início de 2018, decidira publicar o volume correspondente ao segundo trimestre, com o mesmo título genérico mas acrescentando-lhe Livro II.

 

Este volume, relativo ao terceiro trimestre, é, assim, o correspondente Livro III.

 

O primeiro livro desta série de Tercetos, de 2017, é constituído por 96 poemas com 253 tercetos simétricos e o segundo, o Livro II, por 114 com 301 tercetos. Neste Livro III estão incluídos 141 poemas, com um total de 370 tercetos.

 

Todos os poemas estão integralmente escritos em tercetos simétricos (o segundo verso como eixo de uma simetria visual, geométrica), constituindo como que um exercício rigoroso de manuseamento de palavras, sem translineação, encaixando-se como se em jogos de ideias definindo poemas.

 

A adopção de tercetos assim geometricamente definidos (com base no tipo de letra adoptado), o primeiro e o terceiro versos rimando muitas vezes, vem na sequência de experiências anteriores com o haiku, embora aqui essa designação não tenha sido adoptada, em particular por questões de rigor métrico.

 

Se unidas, as extremidades dos três versos definem triângulos isósceles, incluindo os equiláteros, com o simbolismo que se queira imaginar.

 

Não se quis excluir nenhum poema do período respectivo, querendo o autor dar a exacta medida da produção havida. Também não se quis introduzir nenhuma alteração significativa nos respectivos poemas, mantendo, assim, a essência e o contexto temporal em que apareceram, associados ao olhar quotidiano do autor, tentando passar, muitas vezes, de um simples pormenor para uma visão mais global, integradora de experiências de vida interiorizadas.

 

Dos 141 poemas que constituem este volume, 35 já antes haviam sido publicados em três livros temáticos do autor, estando devidamente referenciados através de um índice.

 

Diversos poemas foram sendo publicados no blog de Poesia do autor, Traçados sobre nós, iniciado em  10 de Novembro  de 2011 e que se mantém até hoje, com uma janela aberta para o Facebook, sentindo e respirando outros ares.

 

Exceptuando os dois primeiros livros, de 2010 e de 2011, é também do autor todo o trabalho de elaboração deste Livro III de Tercetos simétricos, excepto o acto de impressão. Assim, todas as falhas são da sua responsabilidade. Se algum mérito houver, será fruto dos caminhos, diversos, alguns longos, pelo autor percorridos. Juiz, o leitor!

 

Aqui chegado, olhando o tempo, este o décimo primeiro ano de Poesia publicada, de ser Aprendiz de Poeta, aprendiz eterno dos homens, dos caminhos, da Vida.

 

Este é o vigésimo sétimo livro de Poesia e o terceiro publicado em 2021. Gostaria o autor, ao longo deste ano, de publicar outros, bastantes mais, ousando no caminho, deixando registada em livros a sua escrita diarística ao longo destes dez ou onze anos, assim organizados:

 

a)      um livro, o Livro IV, com os Poemas em tercetos ainda não publicados de 2017 (relativo ao último trimestre do ano);

b)     três livros, também em tercetos simétricos, relativos aos três últimos trimestres de 2018 (o do primeiro trimestre já publicado, em 2019);

c)      três livros, igualmente em tercetos simétricos, relativos aos três últimos trimestres de 2019 (o do primeiro trimestre já publicado, em 2019);

d)     um livro com os poemas escritos em 2020, também em tercetos simétricos e ainda não publicados;

e)      um livro com os poemas anteriores a 2012 e ainda não publicados;

f)      quatro outros livros, temáticos, com selecção de poemas: um com referências  à sua origem nordestina, a pedra moldando o destino; outro relativo a Évora e ao Alentejo, terra de adopção; outro com poemas tocando temas científicos; e um quarto com poemas envolvendo algum simbolismo esotérico.

 

Seria, assim, neste ano de 2021, como que uma simbólica comemoração dos setenta  anos de vida do autor, ele que nunca comemorou festivamente o seu aniversário, depois de uma vida dedicada a fórmulas e a números, a computadores (hardware e software), ao ensino e à investigação, com traços nestas áreas reconhecidos nacional e internacionalmente, acrescentando-lhe agora este novo caminho, inesperado, tardego, da Poesia.

 

Com uma centena de trabalhos científicos publicados, em Portugal e no estrangeiro, em português, francês e inglês, com milhares e milhares de linhas de código de computadores escritas, com este Livro III o número de poemas diferentes publicados (em livros) ultrapassa já os 2.640.

 

De números deverá saber o autor, referindo, talvez por isso, tantos! Pela quantidade, e por assim cruamente a referir, que seja perdoado. Da qualidade dos poemas saberá o leitor.

 

 

José Rodrigues Dias, 2021-03-02


 *


Jrd, 2021-03-18



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quarta-feira, 17 de março de 2021

terça-feira, 16 de março de 2021

Sogni d' amore




 

Poema escrito neste dia, em 2016. Foto destes dias.


Sogni d' amore

 


Na janela rendada,

era Primavera, de manhã,

a luz suave e coada…

 

Era no coração

que a cena se passava,

a mão no peito,

 

o braço enlaçando o corpo,

sentindo-o, pressentindo-lhe o pulsar,

tocando o que lhe ia dentro,

 

um olhar encandeando

outro olhar,

era a mesma a direcção,

  

era bem no coração,

não um qualquer choque,

era uma integração...

 

Poderia ser noite

(aquela luz era morna…) e até

poderia ser Verão

 

(lembras-te, meu amor,

lembras-te do tempo

daquele encantamento?),

 

poderia ser noite e ser Verão

mas era manhã,

tão tépida que a manhã era…,

 

e era uma Luz de Primavera

porque era fresco o tempo

e na aragem o ar era de rosas,

 

era de rosas

aquele odor fresco,

era de amor...

 

Sim, era Primavera,

eu e tu, um só,

era, sim, meu amor...

 

2016-03-16


in José Rodrigues Dias, Poemas daquém e dalém-mar178 pp, 2016.

* * *

Jrd, 2021-03-16


segunda-feira, 15 de março de 2021

Sábio, falas tu bem pouco…




 

Escrito neste dia, em 2015. Hoje, calado, fechado sobre si, um ouriço.


Sábio, falas tu bem pouco…

 

 

Sábio, falas tu bem pouco,

talvez no pouco digas tudo,

muito fala de nada o louco,

melhor fora se fosse mudo!

 

2015-03-15


in José Rodrigues Dias, Diário Poético (2012-2016), Livro sete, 7/10 (Janeiro a Junho de 2015), 154 pp, 2020.


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Jrd, 2021-03-15


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domingo, 14 de março de 2021

Dia do Pi e Dia Internacional da Matemática

 


Dia do Pi e Dia Internacional da Matemática


Hoje, 14 de Março, comemora-se o Dia do Pi, instituído em 1988, nos Estados Unidos e, desde 2019, aprovado pela UNESCO, o Dia Internacional da Matemática.

Curiosamente, neste dia nasceu Albert Einstein, em 1879, e morreu Stephen Hawking, em 2018, dois brilhantes matemáticos e físicos.

Hoje é o Dia do Pi porque é 3/14 (Março/14, formato americano) e o valor de Pi é 3,14...

O Pi é a razão constante entre o perímetro de uma circunferência e o seu diâmetro.

É um dos números mágicos, simbólicos, iluminando muitos caminhos, encobrindo mistérios, desafiando deuses... Tal como o são o “e” e o “Phi” (este último aparecendo nos meus livros de Poesia, exceptuando nos dois primeiros).

Em 1980, quase uma dezena de anos antes do Pi ter o seu dia, passava eu muitos dias à sua volta, namorando-o (ao mesmo tempo que ao "e") em jogos de encontros e desencontros probabilísticos, usando um mini-computador dos primeiros... Um computador com 8 K ou 16 K... Tanto que com ele se fazia...

Desse labor nasceu uma das minhas primeiras publicações, um pequeno livro, cuja capa apresento, como lembrança. Está, em particular, na Biblioteca Nacional.

Tem a particularidade de ter iniciado a série "Ciências Exactas" das "Publicações Universidade de Évora", com a respectiva "Pomba", e a cor azul das Ciências Exactas.

Elementos quase históricos que hoje recordo...

 

Jrd, 2021-03-14

 

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