Notas do Autor
Depois de concluída a publicação dos quatro livros (com o
título genérico Poemas em tercetos simétricos, diarísticos), um por
trimestre, com os poemas escritos em 2017, publicados que antes já haviam sido
os dez livros correspondentes ao período 2012-2016, um por semestre (com o
título genérico Diário Poético (2012-2016)), é agora altura, a vacina
contra a Covid-19 já chegada, de continuar com a publicação dos poemas escritos
em 2018.
Os poemas do primeiro trimestre já haviam sido publicados,
em 2019, no livro Cadernos Diários de Poesia, Inverno (2018, Janeiro a
Março), bem como os relativos ao segundo trimestre, acrescentando Primavera
(2018, Abril a Junho) ao título genérico. Relativo ao período de
Julho a Setembro, cobrindo
essencialmente o tempo de Verão, eis agora este terceiro livro que terá como
subtítulo, naturalmente, Verão (2018, Julho a Setembro), mantendo o
título genérico Cadernos Diários de Poesia, previamente definido.
Este livro é constituído por 123 poemas, em média 1.4
poemas por dia, em números redondos, com um total de 312 tercetos simétricos
(em média, 2.5 tercetos por poema). No livro Inverno, relativo ao primeiro trimestre, havia um conjunto de 86
poemas com 260 tercetos. No Primavera, 93 poemas e 214 tercetos (e não
212 como, então, no livro escrito).
Destes 123 poemas, 27 deles já tinham sido incluídos em
dois livros temáticos anteriores (um sobre o silêncio e outro sobre o mar),
estando devidamente identificados através de um índice.
Todos os poemas estão integralmente escritos em tercetos
simétricos (o segundo verso como eixo de uma simetria visual, geométrica),
constituindo como que um exercício rigoroso de manuseamento de palavras, sem
translineação, encaixando-se como se em jogos de ideias definindo poemas.
A adopção de tercetos assim geometricamente definidos (com
base no tipo de letra adoptado), o primeiro e o terceiro versos rimando
muitas vezes, vem na sequência de experiências anteriores com o haiku,
embora aqui essa designação não tenha sido adoptada, em particular por questões
de rigor métrico.
Não se quis excluir nenhum poema do período respectivo,
querendo o autor dar a exacta medida da produção havida. Também não se quis
introduzir nenhuma alteração significativa nos respectivos poemas, mantendo,
assim, a essência e o contexto temporal em que apareceram, associados ao olhar
quotidiano do autor, tentando passar, muitas vezes, de um simples pormenor para
uma visão mais global, integradora de experiências de vida interiorizadas.
Muitos poemas foram sendo publicados no blog de
Poesia do autor, Traçados sobre nós, iniciado em 10 de Novembro de 2011 e que se mantém até hoje, ultrapassando já o meio milhão
de visitas, com uma janela aberta para o Facebook, sentindo e
respirando outros ares.
Exceptuando os dois primeiros livros, de 2010 e de 2011, é
também do autor todo o trabalho de elaboração deste Primavera, excepto o
acto de impressão. Assim, todas as falhas são da sua responsabilidade. Se algum
mérito houver, será fruto dos caminhos, diversos, alguns longos, pelo autor
percorridos. Juiz, o leitor!
Aqui chegado, olhando o tempo, este o décimo primeiro ano
de Poesia publicada, de ser Aprendiz de Poeta, aprendiz eterno dos homens, dos
caminhos, da Vida.
Este é o trigésimo livro de Poesia e o sexto publicado em
2021. Gostaria o autor, no decorrer deste ano, de publicar ainda outros,
diversos, ousando no caminho, deixando registada em livros a sua escrita
diarística ao longo destes dez ou onze anos, assim organizados:
a) um livro, também
em tercetos simétricos, relativo ao último trimestre de 2018;
b) três livros,
igualmente em tercetos simétricos, relativos aos três últimos trimestres de
2019 (o do primeiro trimestre já publicado, em 2019);
c) um livro com os
poemas escritos em 2020, também em tercetos simétricos e ainda não publicados;
d) um livro com os
poemas anteriores a 2012 e ainda não publicados;
e) quatro outros
livros (ou talvez mais), temáticos, com selecção de poemas: um com
referências à sua origem nordestina, a
pedra moldando o destino; outro relativo a Évora e ao Alentejo, terra de
adopção; outro com poemas tocando temas científicos; e um quarto com poemas
envolvendo algum simbolismo esotérico.
Seria, assim, neste ano de 2021, como que uma simbólica
comemoração dos setenta anos de vida do
autor, ele que nunca comemorou festivamente o seu aniversário, depois de uma
vida dedicada a fórmulas e a números, a computadores (hardware e software),
ao ensino e à investigação, com traços nestas áreas reconhecidos nacional e
internacionalmente, acrescentando-lhe agora este novo caminho, inesperado,
tardego, da Poesia. Seria, assim, como que o assinalar de um outro olhar, no
cimo de caminhos andados, olhando de longe, realçando o simples na complexidade
e a essência do ser.
Com uma centena de trabalhos científicos publicados, em
Portugal e no estrangeiro, em português, francês e inglês, com milhares e
milhares de linhas de código de computadores escritas, com este livro (Verão)
o número de poemas diferentes publicados (em livros) ultrapassa já os 2.910.
De números deverá saber o autor, referindo, talvez por
isso, tantos! Pela quantidade, e por assim cruamente a referir, que seja
perdoado. Da qualidade dos poemas saberá o leitor.
José Rodrigues Dias, 2021 / Junho
* * *
Obrigado à Vida!
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Jrd, 2021-06-14
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