Caminho
Na Filosofia,
Na Psicologia,
Na análise
critica
Por Mestres cedo
ensinada,
Bem assimilada,
Encontrei o
prazer da reflexão,
O eu
questionando:
Estando eu à
janela,
Poderei eu
observar
Na rua o eu a
passar?
Foi por aí que
comecei,
Divagando!
Foi por aí, pela
interrogação,
Que jovem me
iniciei.
Na Engenharia,
Na Matemática,
Na Informática,
Ao sol e com a
lua
Estudando,
Encontrei velhos problemas
E deram-me sabidas soluções;
Depois, com deleite investigando,
Criticamente analisando
Velhos e novos problemas,
Novas soluções encontrei,
Mesmo soluções certas não existindo,
Apenas certas aproximações inferindo.
Encontrei velhos problemas
E deram-me sabidas soluções;
Depois, com deleite investigando,
Criticamente analisando
Velhos e novos problemas,
Novas soluções encontrei,
Mesmo soluções certas não existindo,
Apenas certas aproximações inferindo.
Foi por aqui
que adulto continuei.
Com a
Filosofia,
Com as
Ciências,
Vivendo a vida,
O Ser intuindo,
É agora na
Poesia
Que sinto encontrar,
Curiosamente,
Finalmente,
As perguntas
sem resposta
Do Início e do
Fim,
Do Mundo e da
Vida
A iniciar e a
findar,
As perguntas
essenciais
Sem resposta
receber,
Sem resposta
fornecer,
Por não haver!
Eis os antigos
Mistérios
Perenes a
permanecer!
É na Poesia
Que as
perguntas
Essenciais,
Simples,
Vitais,
Ficam sem
resposta!
É na Poesia!
Ou talvez não
seja:
Talvez a Poesia
seja
A síntese
sublime do Ser
De todas as
perguntas
E de todas as
respostas
De cada um ser
e de se ser!
Talvez a Poesia
Seja
A síntese do
Ser!
Este é o
caminho!
José Rodrigues Dias, Braços Abraçados, Tartaruga Editora, 2010.
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