Notas do Autor
Em
Maio de 2020 publicou o autor o livro Poemas confinados, incluindo a
produção poética (123 poemas) dos primeiros quatro meses desse ano em que a
pandemia, vindo, se instalou. Antes, já nesse ano de 2020, havia publicado o
segundo e o terceiro volumes da trilogia Avistamentos de mares. Depois
de Poemas confinados foram publicados 18 livros, quase todos de índole
diarística, incluindo os poemas essencialmente escritos de 2012 a 2019,
inclusive, tendo sido quase abandonada, talvez por isso, a escrita de novos poemas.
Neste
livro fica registada a produção compreendida entre o dia 1 de Maio de 2020 e o
dia 26 de Fevereiro de 2022, tendo sido os respectivos poemas, de início e de
fim, trazidos para a contracapa, pelo simbolismo que encerram, o primeiro já
marcado pelo confinamento resultante da pandemia, que parece retornar agora em
nova vaga, e o último poema que corresponde ao terceiro dia da guerra entre a
Rússia e a Ucrânia. Tempos difíceis estes, ingratos, imprevisíveis…
Também
neste livro (aliás, desde o findar de 2016, e mesmo já antes) os poemas estão
todos escritos em tercetos simétricos, o segundo verso de cada terceto como
eixo de simetria, em termos geométricos, visuais, em relação ao primeiro e ao
terceiro versos, constituindo como que um exercício rigoroso de manuseamento de
palavras, sem translineação, encaixando-se como se em jogos de ideias definindo
poemas. Assim, se unidas, as
extremidades dos versos definem um triângulo isósceles, com todo o simbolismo que
se lhe queira atribuir.
A adopção de tercetos assim geometricamente definidos (com
base no tipo de letra adoptado), o primeiro e o terceiro versos rimando
ou não, vem na sequência de experiências anteriores com o haiku, embora
aqui essa designação não tenha sido adoptada, em particular por questões de
rigor métrico.
No total, este livro é composto por 102 poemas, tendo 2 já
sido publicados no livro Poemas em caminhos do vinho e da vida, de fins
de 2021, estando devidamente referenciados.
Não se quis excluir, tal como em livros anteriores, nenhum
poema do período respectivo, querendo o autor dar a exacta medida da produção
havida. Também não se quis introduzir nenhuma alteração significativa nos
respectivos poemas, mantendo, assim, a essência e o contexto temporal em que
apareceram, associados ao olhar do autor, tentando passar, muitas vezes, de um
simples pormenor para uma visão global, integradora de experiências de vida
interiorizadas.
Muitos poemas foram sendo publicados no blog de
Poesia do autor, com uma janela aberta para o Facebook, sentindo e
respirando outros ares.
Depois de uma vida dedicada a fórmulas e a números, a
computadores (hardware e software), ao ensino e à investigação,
com traços nestas áreas reconhecidos nacional e internacionalmente, agora, aqui
chegado, tendo-se antes feito Aprendiz de Poeta, ousando (aprendiz eterno dos homens, dos caminhos, da Vida), olhando o tempo
rápido, com este são já três dúzias de livros de Poesia, o primeiro publicado
em fins de 2010, uns meses depois da sua aposentação.
Também
neste, é do autor todo o trabalho de elaboração do livro, excepto o acto de o
imprimir, à semelhança de todos os livros anteriores, exceptuando os dois
primeiros. Assim, são seus os defeitos encontrados; se méritos o livro tiver,
serão dos caminhos por ele percorridos.
Este é o segundo livro publicado em 2022, pensando o autor
publicar outros, assim organizados:
a) um livro com os
poemas anteriores a 2012 e ainda não publicados;
b) quatro outros
livros (talvez mais), temáticos, com selecção de poemas: um com
referências à sua origem nordestina, a
pedra moldando o destino; outro relativo a Évora e ao Alentejo, terras de
adopção; outro com poemas tocando temas científicos; e um quarto com poemas
envolvendo algum simbolismo esotérico.
Continuar-se-á, assim, no cimo de caminhos andados, olhando
de longe, a registar este outro olhar, inesperado, a Poesia emergindo,
realçando o simples na complexidade e do ser a sua essência, de ser súmula e
sumo.
Com uma centena de trabalhos científicos publicados, em
Portugal e no estrangeiro, em português, francês e inglês, com milhares e
milhares de linhas de código de computadores escritas, com este Poemas em
dias de pandemia, o número de poemas diferentes já publicados (em livros)
ronda os 3 510.
De números deverá saber o autor, referindo, talvez por
isso, tantos! Pela quantidade, e por assim cruamente a referir, que seja
perdoado. Da qualidade dos poemas saberá o leitor.
José Rodrigues Dias, 12 de Março de 2022
* * *
Jrd, 2022-03-27
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