domingo, 27 de março de 2022

Notas do Autor

 


Notas do Autor

 

 

Em Maio de 2020 publicou o autor o livro Poemas confinados, incluindo a produção poética (123 poemas) dos primeiros quatro meses desse ano em que a pandemia, vindo, se instalou. Antes, já nesse ano de 2020, havia publicado o segundo e o terceiro volumes da trilogia Avistamentos de mares. Depois de Poemas confinados foram publicados 18 livros, quase todos de índole diarística, incluindo os poemas essencialmente escritos de 2012 a 2019, inclusive, tendo sido quase abandonada, talvez por isso,  a escrita de novos poemas.

 

Neste livro fica registada a produção compreendida entre o dia 1 de Maio de 2020 e o dia 26 de Fevereiro de 2022, tendo sido os respectivos poemas, de início e de fim, trazidos para a contracapa, pelo simbolismo que encerram, o primeiro já marcado pelo confinamento resultante da pandemia, que parece retornar agora em nova vaga, e o último poema que corresponde ao terceiro dia da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Tempos difíceis estes, ingratos, imprevisíveis…

 

Também neste livro (aliás, desde o findar de 2016, e mesmo já antes) os poemas estão todos escritos em tercetos simétricos, o segundo verso de cada terceto como eixo de simetria, em termos geométricos, visuais, em relação ao primeiro e ao terceiro versos, constituindo como que um exercício rigoroso de manuseamento de palavras, sem translineação, encaixando-se como se em jogos de ideias definindo poemas. Assim, se unidas, as extremidades dos versos definem um triângulo isósceles, com todo o simbolismo que se lhe queira atribuir.

 

A adopção de tercetos assim geometricamente definidos (com base no tipo de letra adoptado), o primeiro e o terceiro versos rimando ou não, vem na sequência de experiências anteriores com o haiku, embora aqui essa designação não tenha sido adoptada, em particular por questões de rigor métrico.

 

No total, este livro é composto por 102 poemas, tendo 2 já sido publicados no livro Poemas em caminhos do vinho e da vida, de fins de 2021, estando devidamente referenciados.

 

Não se quis excluir, tal como em livros anteriores, nenhum poema do período respectivo, querendo o autor dar a exacta medida da produção havida. Também não se quis introduzir nenhuma alteração significativa nos respectivos poemas, mantendo, assim, a essência e o contexto temporal em que apareceram, associados ao olhar do autor, tentando passar, muitas vezes, de um simples pormenor para uma visão global, integradora de experiências de vida interiorizadas.

 

Muitos poemas foram sendo publicados no blog de Poesia do autor, com uma janela aberta para o Facebook, sentindo e respirando outros ares.

 

Depois de uma vida dedicada a fórmulas e a números, a computadores (hardware e software), ao ensino e à investigação, com traços nestas áreas reconhecidos nacional e internacionalmente, agora, aqui chegado, tendo-se antes feito Aprendiz de Poeta, ousando (aprendiz eterno dos homens, dos caminhos, da Vida), olhando o tempo rápido, com este são já três dúzias de livros de Poesia, o primeiro publicado em fins de 2010, uns meses depois da sua aposentação.

 

Também neste, é do autor todo o trabalho de elaboração do livro, excepto o acto de o imprimir, à semelhança de todos os livros anteriores, exceptuando os dois primeiros. Assim, são seus os defeitos encontrados; se méritos o livro tiver, serão dos caminhos por ele percorridos.

 

Este é o segundo livro publicado em 2022, pensando o autor publicar outros, assim organizados:

 

a)      um livro com os poemas anteriores a 2012 e ainda não publicados;

b)     quatro outros livros (talvez mais), temáticos, com selecção de poemas: um com referências  à sua origem nordestina, a pedra moldando o destino; outro relativo a Évora e ao Alentejo, terras de adopção; outro com poemas tocando temas científicos; e um quarto com poemas envolvendo algum simbolismo esotérico.

 

Continuar-se-á, assim, no cimo de caminhos andados, olhando de longe, a registar este outro olhar, inesperado, a Poesia emergindo, realçando o simples na complexidade e do ser a sua essência, de ser súmula e sumo.

 

Com uma centena de trabalhos científicos publicados, em Portugal e no estrangeiro, em português, francês e inglês, com milhares e milhares de linhas de código de computadores escritas, com este Poemas em dias de pandemia, o número de poemas diferentes já publicados (em livros) ronda os 3 510.

 

De números deverá saber o autor, referindo, talvez por isso, tantos! Pela quantidade, e por assim cruamente a referir, que seja perdoado. Da qualidade dos poemas saberá o leitor.

 

 

José Rodrigues Dias, 12 de Março de 2022


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Jrd, 2022-03-27


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