A Lua, o Sol, tu e a chuva
Deita-se o Sol
a poente, a nascente
ergue-se a Lua...
Lua de ventre tão cheio
que de enigmas se foi enchendo,
de mistério agora cheio...
De um ramo de uma antiga oliveira
onde com o tempo devagar vou subindo
pergunto-lhe quando traz ela chuva...
De encolher seus ombros,
dos mistérios o seu gesto imperceptível,
senti que nem ela já sabia...
E, então, ela naquele enigma doce ali tão perto,
pergunto-lhe se o Sol, seu dual companheiro, saberia.
Diz-me, olhando, que já nem ele sabia ao certo...
Olhos nos olhos: Então, Lua!...
Responde ao meu rosto com o seu:
Olha-te, talvez seja culpa tua...
José Rodrigues Dias, 2017-12-03
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