um poema escrito há precisamente 7 anos,
em livro de 2020.
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O Solstício do frio e o Natal
É
o Sol caindo em moita de sombras
em
solstício neste norte de frio
como
um moribundo triste em leito
com
sua cor de vida em dor se diluindo
e
seu sangue espesso correndo lento
e
seu olhar turvo,
é
um Sol exangue
mas
é como aquele homem
com uma cruz caindo
que
ouvindo
uma
palavra amiga
se
diz
não,
mais
não!,
e
logo então no cair se queda
e
sua cor de morte outra logo se faz
em
renovação de sangue
em
purificação
que
decorre de livros antigos
e
de novo o Sol em luz suave se eleva
mesmo
que primeiro em movimento trémulo
como
ancião já quase dormente
que
sentindo o calor e a chama de lareira
e
um gole de mezinha antiga bem quente
lhe
dá uma outra força
e
fôlego para uma nova partida,
assim
este dormente Sol
exangue
nesta
sua fragilidade aparente
em
queda
como
doente
e
a grandeza da vida
que
renascendo se eleva
mesmo
se parecendo já perdida
em
poente…
2014-12-21
in José Rodrigues Dias, Diário Poético
(2012 - 2016), Livro seis,
6/10 (Julho a Dezembro de 2014),
188 pp, 2020.
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Jrd, 2021-12-21
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