De amanhã
Lá do fundo, quase longe,
na
mesa que é a minha e dos meus papéis,
e
sobretudo a do meu pensamento solto,
olho
o que no café se movimenta:
pessoas
e gestos,
passos
demorados de gastos,
outros
tempos de ouvidos lamentos,
olhares
cruzados e desviados,
cumplicidades,
vazios,
coisas
da bola
e
notícias de tormentos…
Hoje
penso,
olhando,
no
que por sinais
nos
caminhos se desenha
em
encontros e desencontros
de
acasos ou não
em
ruas e praças
com
gente perdida em gritos,
gritos
de ódio alguns, quem diria…,
ou
em sorrisos tristes
de
amanhã…
2012-11-04
in José Rodrigues Dias, Diário Poético (2012 - 2016), Livro dois, 2/10 (Julho a Dezembro de 2012), 238 pp, 2020.
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Jrd, 2020-11-04
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