quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

O vento como potro bravo atiçado




O vento como potro bravo atiçado


Nenhuma mão,
nem aberta nem fechada nem a outra dada,
segura o vento…

Traz torrentes,
nenhuma mão segura as correntes, barrentas,
traz escuridão…

Como cavalo solto
voando livre pelos descampados, açoitado,
só pára se cansado…

Não há mão
que prenda o vento como potro bravo atiçado
em sua mão…


José Rodrigues Dias, 2019-12-19

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