Décimo livro de Poesia.
Oásis
Rasgo um rego fundo do mar até
este seco
e a água derramando-se vem em
verdes e azuis
e a vida espraia-se pelas
ondulações dos dias.
Pelo caminho tiro o sal
nas areias coado
e à morte o deixo.
Consulto a sabedoria dos anciãos
nos sinais maiores do Sol e da
Lua
e os pormenores na discrição da
noite
em estrelas que nos adormecem
ao som intercalado de grilos.
Da construção,
limpo o suor ao chegar da noite
e pelo sono
fecho o dia
e abro devagar o dia seguinte.
De duas palmeiras faço duas
colunas
e à entrada as coloco direitas,
como no cais
da cidade maior
das Tágides.
Depois, no sagrado puro
deste chão regado de verdes e
azuis
irão habitar os homens…
2012-04-13
in José Rodrigues Dias, Diário Poético (2012 - 2016), Livro um, 1/10 (Janeiro a Junho de 2012), Ed. Forinfor, 280 pp, 2018.
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Jrd, 2019-12-10
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