sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Vê, Tomé! (Vê, Einstein!)

 


Em 2017, o Prémio Nobel da Física foi atribuído (a três físicos) com base na detecção das ondas gravitacionais, previstas por Einstein, um século antes, a que este poema, de 2016, publicado em 2021, se refere.


* * * 


Vê, Tomé! (Vê, Einstein!)

 

 

Entretecendo mil ideias,

tecendo o espaço e o tempo,

o tolo tudo concebendo...

 

Bastas ideias muito loucas,

postulados e outras coisas mais

como de gradientes e rotacionais,

orelhas um pouco moucas,

 

viajando de Newton para umas ondas gravitacionais

como as de uma criança atirando pedras a um lago

deslocando umas plumas leves de um pato sossegado,

 

mas noutras dimensões

e a coisa com uma outra dimensão,

buracos negros, buracões,

 

onde a luz se perto passasse

se dobrasse,

caísse

e adormecesse...,

 

só vendo, como Tomé

(Como?... A luz ali anoitecia?...),

eis a humana conclusão...

 

Antenas no espaço e no tempo

orientadas como dedos espetados

e eis as plumas em movimento!

 

Vê, Tomé!...

 

2016-02-12


in José Rodrigues Dias, Diário Poético (2012-2016), Livro nove, 9/10 (Janeiro a Junho de 2016), 214 pp, 2021.


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Jrd, 2021-02-12



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