* * *
Vê,
Tomé! (Vê, Einstein!)
Entretecendo
mil ideias,
tecendo
o espaço e o tempo,
o
tolo tudo concebendo...
Bastas
ideias muito loucas,
postulados e outras coisas mais
como
de gradientes e rotacionais,
orelhas
um pouco moucas,
viajando
de Newton para umas ondas gravitacionais
como
as de uma criança atirando pedras a um lago
deslocando
umas plumas leves de um pato sossegado,
mas
noutras dimensões
e
a coisa com uma outra dimensão,
buracos
negros, buracões,
onde a luz se perto passasse
se
dobrasse,
caísse
e
adormecesse...,
só
vendo, como Tomé
(Como?...
A luz ali anoitecia?...),
eis
a humana conclusão...
Antenas
no espaço e no tempo
orientadas
como dedos espetados
e
eis as plumas em movimento!
Vê,
Tomé!...
2016-02-12
in José Rodrigues Dias, Diário Poético (2012-2016), Livro nove, 9/10 (Janeiro a Junho de 2016), 214 pp, 2021.
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