Quotidianos
Outro dia de
trabalhos bem cheio:
daninha a erva
depressa no pomar cresce
e de semear eis
já parte da colheita,
e semear
ainda para ser
esperado fruto
no futuro…
Contudo, do
calor sorrateiro o oídio veio,
não é um vírus
mas é um fungo virulento,
em folhas
macilentas, doentes, da videira,
e também do
calor que amolece
uma boa pinga
de água fresca (sim, as flores também),
toda a raiz
novinha já a agradece…
Por fim, é a
voz do corpo cansado ali presente
e a do Sol já
ausente, já deitado, lá de longe:
Então, então…
Não vês… Amanhã é outro dia…
Uma aragem
refresca
agora a noite…
É o quotidiano
que escreve, de
ter aprendido pelos caminhos,
toda a palavra…
José Rodrigues Dias, 2020-05-23
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