(A propósito do Dia Mundial da Visão,
do Prémio Nobel da Literatura (Louise Glück, Poesia),
do Prémio Nobel de Saramago, há 22 anos,
com uma foto de hoje, com flores de cerejeira).
Cegos
Entre os cegos brancos de Saramago
e os outros
andamos pela cidade sem saber
onde
e se estamos…
Perdidos em desencontros os sentidos
em safanões da vida
e encontrões de acasos
os cegos numerados sem nome…
Sem um ponto final a terminar
nem um sinal de luz…
Pela mão de quem diz que vê
vamos…
2012-08-27
in José Rodrigues Dias, Diário Poético (2012 - 2016), Livro dois, 2/10 (Julho a Dezembro de 2012), 238 pp, 2020.
* * *
Jrd, 2020-10-08
Tenho acompanhado regularmente os poemas que neste espaço publica. Escrever implica um esforço duplo, e como tenho uma uma acuidade visual muitíssimo reduzida, nada deixo escrito.
ResponderEliminarAqui, no entanto, senti a necessidade de deixar uma interrogação; iremos pela mão de quem diz que vê, ou de quem pensa que vê?
O meu abraço poético
Talvez por uma e outra...
EliminarObrigado pelo seu comentário e que a visão melhore.
Agradeço e retribuo o abraço.