Ergue-se
o Sol!
Insinuando-se,
vão vindo
e
ficando vão-se enrolando em nós
por
entre certas sombras,
connosco
se sentam e deitam
e
nos embalam
e
num manto nos entorpecem,
e
eles despertos
numa
teia nos urdindo
à
volta da cama...
Depois
de calores, frios,
afiadas
as dores das costas aos pés,
os
tremores, os calafrios...
E
o caminho dos dias ali se rompe,
a
palavra é um ai repetido abafado,
o verso um gemido monótono deitado,
o
poema um ser sem viço nem sentido,
a
vida de dor ali se renova
numa
eterna interrogação,
e
da pergunta fica a dúvida
com
um sinal de esperança...
E
em novo dia,
longa
a noite, a noite já morrendo,
ergue-se
o Sol!
2016-01-04
(O primeiro poema escrito em 2016 e, por essa razão, o primeiro do próximo livro e, também por isso, sendo o poema da contracapa).
Jrd, 2021-01-11
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