Cante
(hoje,
património da humanidade)
Mesmo triste
que o cante te liberte
abraçando-te ao outro
que contigo cante
o que lá vem
em madrugada,
o que de longe vem
ecoando em passos badalados
em horas de tempo lento
de noite fria
ou do dia
quando o sol alto lá vai
escorrendo suor
no céu baixo
apertando cada palavra
que se vai libertando,
libertando,
enfim,
em cante,
e os pássaros
amantes da liberdade
escondidos numa
azinheira
perdida aparecida
no campo campo campo largo
contigo logo cantarão
de braço dado
em fraternidade!
2014-11-27
In José Rodrigues Dias, Poemas daquém e dalém-mar,
178 pp, 2016.
* * *
Jrd, 2020-07-16
178 pp, 2016.
* * *
Jrd, 2020-07-16
Mesmo triste
ResponderEliminarque o cante nos liberte
Sim, Rogério, que o cante nos liberte!
EliminarObrigado e abraço.