Ela, a morte
Ela vem…
De qualquer lado ela vem,
sempre ela
um dia
o instante de cada um ela tem…
Foi o diabo
um dia
quando Saramago disse
que ela já não vinha,
interrogando-se os homens
impacientes
sobre o pesado pecado
e o mal que a gente tinha,
já penitentes…
Ela vem…
Inesperada
quando nos dizem
senta-te aí um bocadinho…
Ou se quase desejada
quando nos dizem
olha, já descansou…
Neste dia
veio nuns acordes tristes
dissonantes
de uma negra fotografia
por tirar
de um mar…
2012-05-11
in José Rodrigues Dias, Diário Poético (2012 - 2016), Livro um, 1/10 (Janeiro a Junho de 2012), 280 pp, 2018.
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Jrd, 2020-06-22
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