Peito negro
Um peito negro
cor do Sol
quando vai alto
(negro
o meu rosto a trabalhar
se o Sol vai alto
sem parar)…
Do teu peito negro
leite
da cor de qualquer leite
(que brota tão puro e límpido
do peito
de qualquer cor…)
para ser peito negro
de um menino feito de amor
onde o bate-bate
do
coração pequenino
corre e sente
tal qual,
igualzinho,
como o de um
qualquer rio similar
no vermelho rendilhado
de cor
(se diferente
for
apenas o será
pelo seu caudal
que variará com
o tempo
que em cada
caso for),
mas tal qual,
igualzinho,
mesmo igual ao
do maior coração
do mundo
que seja mundo
de gente
(qualquer que
seja a altura do Sol)
e que tenha a
razão
presente…
2014-05-02
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in José Rodrigues Dias, Poemas daquém e dalém-mar,
178 pp, 2016.
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Jrd, 2020-06-02
178 pp, 2016.
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Jrd, 2020-06-02
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