Évora, o início do ágape
É a luz suave dos fins de
tarde
equinociais
quando o dia já se recolhe
e a Lua feminina em seu
manto volta
e doce dos medos nos cobre
que o teu recorte
fino de cidade
melhor do meu sítio a norte
se descobre
na tua cúpula sóbria do
tempo
e harmoniosa
com o templo da deusa Diana
e a catedral de Santa Maria
olhando o oriente
e a enorme planície mosaica
já em recolhimento
talvez em cansaço e
fome
a teus pés…
É a luz assim serena
que anuncia em passos
silenciosos
o início do ágape
da paz
em cada templo!
2013-09-16
in José Rodrigues Dias, Emanações do silêncio, 278 pp, 2019.
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Jrd, 2020-06-19
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