sábado, 29 de agosto de 2020

Presa a palavra morreria




Presa a palavra morreria

 


Quem orienta as minhas palavras

e as palavras de um poeta,

que oriente,

não sei!

Pego eu numa sem saber bem de onde emerge,

ou por que dali assim emerge,

e, então, deita-se a palavra logo a correr

sem ceder a um sinal só de rédeas…

Às vezes parece-me que segue meus passos

de outros tempos e lados

embora em forma nova consertados…

Outras vezes, não sei!

Sinto, porém,

diria mesmo que isso eu sei,

que presa a palavra morreria

e, se morta, também sei

que vida não haveria…

 

Livre é a palavra!

 

2013-04-20


in José Rodrigues Dias, Diário Poético (2012 - 2016), Livro três, 3/10 (Janeiro a Junho de 2013), 266 pp, 2020.


Jrd, 2020-08-29


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