quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Do tempo, deste tempo...

 

Votos de Boas Festas, com saúde!


Do tempo, deste tempo...

(incluído neste último livro, escrito neste dia, em 2015)


Do tempo, deste tempo,

as areias arranham meus olhos, 

endurecem meus ouvidos as bombas,

a sensibilidade ferida me insensibiliza,

até o próprio pensamento se queda

na impossibilidade que paralisa

ao não avançar o sonho...


Como deveria, não chove,

e, sem chuva, que céu!, nem pura nem impura,

nada que o tempo renove...


Mas quem sabe como o tempo se move?!...

Talvez amanhã, lá pela meia-noite, pelo Natal,

uma chuva fresca nos aqueça, nos molhe!...


Solta, agora só esta palavra

e, já amanhado, este meu arado,

no chão é que o pão se lavra…


 2015-12-23


in José Rodrigues Dias, Diário Poético (2012 - 2016), Livro oito, 8/10 (Julho a Dezembro de 2015), 298 pp, 2020.


* * * 


Jrd, 2020-12-23


Facebook:


https://www.facebook.com/jose.rodriguesdias/


Sem comentários:

Enviar um comentário