Do tempo, deste tempo...
(incluído neste último livro, escrito neste dia, em 2015)
Do tempo, deste tempo,
as areias arranham meus olhos,
endurecem meus ouvidos as bombas,
a sensibilidade ferida me insensibiliza,
até o próprio pensamento se queda
na impossibilidade que paralisa
ao não avançar o sonho...
Como deveria, não chove,
e, sem chuva, que céu!, nem pura nem impura,
nada que o tempo renove...
Mas quem sabe como o tempo se move?!...
Talvez amanhã, lá pela meia-noite, pelo Natal,
uma chuva fresca nos aqueça, nos molhe!...
Solta, agora só esta palavra
e, já amanhado, este meu arado,
no chão é que o pão se lavra…
2015-12-23
in José Rodrigues Dias, Diário Poético (2012 - 2016), Livro oito, 8/10 (Julho a Dezembro de 2015), 298 pp, 2020.
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Jrd, 2020-12-23
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