A chuva e a mãe-sorriso
Quando finalmente a chuva começa a cair
pela madrugada
no silêncio do bulício
é como se a sentisse
a acariciar levemente a terra seca do tempo
carente
humedecendo-a devagar,
pura e doce,
sem pressa,
continuadamente,
penetrando-a com o sentido do sagrado
para a fecundar
e ser outra vez mãe
e sorriso,
leite e pão,
regaço de rosas,
aberta a mão,
mãe-sorriso…
2013-09-26
in José Rodrigues Dias, Diário Poético (2012 - 2016), Livro quatro, 4/10 (Julho a Dezembro de 2013), 276 pp, 2020.
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Jrd, 2020-09-26
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