Santoya
O
que se esconde
no
fundo desse mar
no
teu olhar
onde
a luz do meu
se
perde devagar
e
à pergunta
não
responde?
E
os versos longos
no
teu cabelo escritos
quem
os reescreveu
assim
escorreitos?
Foi
depois de uma noite
em
que o fruto cedo amadureceu
e
o sonho tombou ferido
dos
teus lábios?
Impotente, quedo-me
nas
interrogações dos homens
na
decifração dos mistérios
que
estão para lá
do
que se vê,
como
num livro
sobre
a lua
doce
no
seu recôndito
mais
feminino
decerto
muito belo
escrito
por um poeta ao luar
sem
nunca se poder folhear
nem
sequer abrir,
apenas
vagamente intuir
por
algum reverso
de
um ou outro verso…
2013-11-13
in José Rodrigues Dias, Poemas daquém e dalém-mar,
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