SNS, o teu poema perfeito
(Pequena homenagem a António Arnault,
obreiro do Serviço Nacional de Saúde)
Teu
o poema perfeito
(em
tempo: digo quase perfeito
por
se ter no tempo retrocedido,
tu
triste e magoado,
quase
o poema ofendido…),
de
ti em vela de sonho nascido
a
régua e a esquadro
e
aberto, bem aberto o compasso,
todos
à ordem,
no
horizonte largo,
poema
verso a verso burilado
em
cada letra soletrada em nova palavra
em chão matizado
em lavra de solidariedade,
cada
homem feito um irmão
qualquer
que seja o seu género e a idade,
eis,
mundo inteiro,
o
poema,
eis
a saúde
feita
aqui universal
e
do homem feito um direito,
ei-la,
a saúde!
A
saúde, ei-la
em
liberdade!
E,
assim, de ti
o
poema justo e perfeito
na
luz iniciado,
a
constituição
livro
primeiro sagrado!
De
ti, poeta e obreiro de oriente,
o
poema perfeito
(pelo
tempo feito imperfeito)
no
peito da gente,
o
teu poema decerto preferido
verso
a verso construído,
em
cada verso um nome,
o
nome de cada homem nascido,
não
importando
quem
é,
a
quem pertence o sobrenome,
de
que gente é o homem
que
ali está dorido
como
outro qualquer nascido,
apenas
se indagando
com
o coração
e
as ferramentas na mão,
auscultando...
Senhor,
onde lhe dói,
onde
começou, quando, como foi,
onde
é essa sua dor?
Senhor
doutor, mas quanto será?
Será
o que for,
senhor,
não
importa o que custará,
será
o que tiver que ser,
vamos
é ver
essa
dor
e
outra precaver...
Senhor,
vamos
lá ver
essa
dor…
José Rodrigues Dias, 2014-09-15
(Poema a incluir num dos próximos livros)
Jrd, 2020-09-07
Sem comentários:
Enviar um comentário