Nas rugas dos homens bons
Nas
rugas dos homens bons
(mesmo
que ténues ou atenuadas)
aprendi
a ver
e
a conhecer
sempre
sóbria
a
sabedoria peneirada fina
filtrada
pelos olhares aguçados
de
faces em limite sem preciso fim
de
seus olhos muito fundos em poliedro
polidos
pelas correntes contínuas do tempo,
suavemente
temperados
os
olhares
por
amor
e
por guerras de sobrevivência
de
bizarros mundos.
E por ser assim, é assim
que
creio que é,
assim
aprendi cedo a ver
e
de pequeno depressa a isso me habituei
como
se fosse uma espécie de neto a ver um avô
ou
uma espécie de avô a rever-se em neto,
porque
o fim é sempre um começo
e
o universo como um conjunto é vago
mas
das partes o todo faz-se só um!
2013-10-04
* * *
Sem comentários:
Enviar um comentário