Até onde eu andarei?
Encontro-me
entre versos, versos, versos…
Serão
versos?
Poesia?
Perdi-me
no tempo entre fórmulas e números
inebriado
tantas vezes em tão inefável beleza
tão
absolutamente sagrada, origem que era…,
que
só alguns deuses e deusas assim a sentiam
em
instantes de profunda reflexão concentrada…
E
perdi-me também entre tantos bits e bytes
(como
haveria aqui de os nomear?),
entre
aqueles esqueléticos zeros e uns,
tão
esqueléticos e tal a pureza em si que era…
Deixei
marcas cinzeladas de vida nascida que senti
enquanto
me marcava a sombra vaga de uma nuvem
correndo
sobre o homem no chão
e
a cor crescendo numa flor
e poder eu apenas então dizer
sim ou não,
apenas
isso…,
ou
não e sim
em
absoluta disjunção,
assim
tão, eu tão redutor
vendo
a cor a crescer
de
uma flor
ou
a força
de
uma dor…
Perder-me-ei
de novo no tempo
neste
outro encontro
fora
de tempo?
Até
onde eu andarei?
2013-01-15
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